28 fevereiro 2009

Torneio de Juvenis Open ADJL 2009

Pedro e Catarina

Catarina Garcia

Pedro Roquete Andrade (1º Class.)

Prof. Antonio Roquete pai e treinador do Pedro dá inicio ao treino


No dia 28 de Fevereiro de 2009 decorreu no pavilhão do Estádio 1º de Maio em Lisboa, o Torneio de Juvenis Open, (13 e 14 anos) com organização da Associação Distrital de Judo Lisboa.
A ABVE participou com 2 judocas tendo obtido a seguinte classificação:

Masculinos
1º Classificado - Pedro Roquete Andrade (Categ. -50Kg.)

Femininos
Catarina Garcia - Venceu 1 combate, não se classificou.

É de salientar a brilhante vitória de Pedro Roquete Andrade, pois este Torneio de nível Nacional teve a participação de judocas de todo o País, e venceu os cinco combates que disputou por "Ippon".

24 fevereiro 2009

A disciplina e os principios do Judo

Quem assistiu em Portimão às provas de Judo que ali se realizaram no fim de semana de 14 e 15 de Fevereiro (referidas neste Blog) teve a oportunidade de presenciar algumas atitudes de indisciplina, pouco habituais na nossa modalidade.

Não podemos esquecer que, apesar dos objectivos desportivos de cada um, existe todo um passado de principios elaborados por Jigoro Kano os quais são o fio condutor da modalidade e não podem ser renegados com o pretexto de que só a vitória no combate é que conta.

Pode ler-se em escritos do fundador do Judo Kodokan a seguinte frase: "O melhor Ippon é aquele em que conseguimos aplicar todos os principios do Judo na nossa vida do dia a dia."

Assim sendo, recordo aqui para judocas e não judocas três dos princípios fundamentais do Judo:

Princípio da máxima eficácia com o mínimo de esforço ou máxima eficácia do corpo e do espírito (Seiryoku Zen’Yo). É ao mesmo tempo a utilização global, racional e utilitária da energia do corpo e do espírito. Jigoro Kano afirmava que este princípio deveria ser aplicado no aprimoramento do corpo. Servir para torná-lo forte, saudável e útil. Podendo ainda ser aplicado para melhorar a nutrição, o vestuário, a habitação, a vida em sociedade, a actividade nos negócios e na maneira de viver em geral. Estando convencido que o estudo desse princípio, em toda a sua grandeza e generalidade, era muito mais importante e vital do que a simples prática de uma luta. Realmente, a verdadeira inteligência deste princípio não nos permite aplicá-lo somente na arte e na técnica de lutar, mas também nos presta grandes serviços em todos os aspectos da vida. Segundo Jigoro Kano, não é somente através do judo que podemos alcançar este princípio. Podemos chegar à mesma conclusão por uma interpretação das operações quotidianas, através de um raciocínio filosófico.

Princípio da Prosperidade e Benefícios Mútuos (Jita Kyoei). Diz respeito à importância da solidariedade humana para o melhor bem individual e universal. Achava ainda que a ideia do progresso pessoal devia ligar-se a ajuda ao próximo, pois acreditava que a eficiência e o auxílio aos outros criariam não só um atleta melhor como um ser humano mais completo.

Princípio da Suavidade (Ju). Ju ou suavidade, é o mais directamente físico, mas que no entender de Jigoro Kano deveria ser levado ao plano intelectual. Ele mesmo nos explica este terceiro princípio durante um discurso proferido na University of Southern Califórnia, por ocasião das Olimpíadas de 1932:

"Deixem-me agora explicar o que significa, realmente esta suavidade ou cedência. Supondo que a força do homem se poderia avaliar em unidades, digamos que a força de um homem que está na minha frente é representada por dez unidades, enquanto que a minha força, menor que a dele, se apresenta por sete unidades. Então se ele me empurrar com toda a sua energia, eu serei certamente impulsionado para trás ou atirado ao chão, ainda que empregue toda minha força contra ele. Isso aconteceria porque eu tinha usado toda a minha força contra ele, opondo força contra força. Mas, se em vez de o enfrentar, eu cedesse à força recuando o meu corpo tanto quanto ele o havia empurrado mantendo, no entanto, o equilíbrio então ele inclinar-se-ia naturalmente para frente perdendo assim o seu próprio equilíbrio.
Nesta posição ele poderia ter ficado tão fraco, não em capacidade física real, mas por causa da sua difícil posição, a ponto de a sua força ser representada, de momento, por digamos apenas três unidades, em vez das dez unidades normais. Entretanto eu, mantendo o meu equilíbrio conservo toda a minha força tal como de início, representada por sete unidades. Contudo, agora estou momentaneamente numa posição vantajosa e posso derrotar o meu adversário utilizando apenas metade da minha energia, isto é, metade das minhas sete unidades ou três unidades e meia da minha energia contra as três dele. Isso deixa uma metade da minha energia disponível para qualquer outra finalidade. No caso de ter mais força do que o meu adversário poderia sem dúvida empurrá-lo também. Mas mesmo neste caso, ou seja, se eu tivesse desejado empurrá-lo igualmente e pudesse fazê-lo, seria melhor para mim ter cedido primeiro, pois procedendo assim teria economizado a minha energia."

17 fevereiro 2009

Fotos Taça FPJudo e Camp. Nac. de Esp.

Portimão Arena (local das provas)

Portimão Arena (local das provas)

Ezequiel Nogueira; Antonio Pires; Ricardo Santos

Ezequiel Nogueira; Ricardo Santos; José Garcia

Ezequiel Nogueira; Ricardo Santos


Nos dias 14 e 15 de Fevereiro realizaram-se em Portimão respectivamente a Taça da Federação Portuguesa de Judo (Seniores) e o Campeonato Nacional de Esperanças.
A secção de Judo da ABVE obteve os seguintes resultados:

Dia 14 – Taça FPJ (Seniores)
- Ricardo Santos (Categ. -66 kg.) – Perdeu o 1º combate, não se classificou.
- Ezequiel Nogueira (Categ. -90 kg.) – Alcançou a meia-final – 5º Classificado


Dia 15 – Campeonato Nacional de Esperanças (Apurado do Campeonato Zonal)
- José Garcia (Categ. +81 Kg.) – Alcançou o 2º lugar, mas com um castigo na Final, por comportamento anti desportivo, não lhe foi atribuído o lugar nem a medalha.

04 fevereiro 2009

Depois de ver apetece logo treinar

Historia do Judo em Portugal V

A partir de 1974 dá-se um novo incremento na modalidade.

Assim, na sequência do 25 de Abril de 1974 e da democratização do país e sob o impulso da então Direcção Geral dos Desportos é apoiada a formação de monitores de Judo e a abertura dum numero considerável de novas salas ou melhoria das existentes, através da cedência de tapetes novos.

Com este novo impulso da modalidade, há a necessidade da mesma se organizar duma outra forma, com base em estruturas associativas que representem os seus clubes na Federação, em vez da representação directa até então. Em 1977 a Federação organiza o primeiro curso de treinadores de 4º grau.

Em 1978 o 1º curso de 3º grau.

Em Lisboa, por iniciativa do Judo Clube do Estoril, realiza-se uma reunião com os clubes Ginásio Clube Português, S. I. M. E. Cruz Quebradense, Colégio S. João de Brito, Externato Mário Beirão, C. R. P. nº 5 do Bairro da Encarnação, Grupo Dramático e Sportivo Cascais, Grupo Desportivo da TAP, de onde nasceu a Comissão Pró-Associação do Distrito de Lisboa.

António Luz do Judo Clube do Estoril, Orlando Ferreira do Ginásio Clube Português e João Worm do Colégio de S. João de Brito, formaram essa comissão. Em Setúbal, onde a prática da modalidade foi fortemente influenciada por Joaquim Barata, forma-se também uma Comissão Pró-Associação, constituída por Saul Conceição do Judo Clube de Almada, Carlos Pinho da CUF e Francisco Resina Santos.

No entanto, as primeiras Associações devidamente legalizadas foram a Associação de Coimbra, criada em 12 de Abril de 1978, com estatutos publicados no D.R de 10 de Julho de 1978, e a Associação de Santarém, com estatutos publicados em 9 de Maio de 1978. Com base no Decreto-Lei nº 460/77 de 7 de Novembro a Federação Portuguesa de Judo é considerada Instituição de Utilidade Pública.

Juji-Gatame