30 maio 2009

Espírito de Judoca

Quem teme perder já está vencido.

Somente se aproxima da perfeição quem a procura com constância, sabedoria e, sobretudo humildade.

Quando verificares com tristeza que não sabes nada, terás feito teu primeiro progresso na aprendizagem.

Nunca te orgulhes de vencer um adversário, o que venceste hoje poderá derrotar-te amanhã. A única vitória que perdura é a que se conquista sobre a própria ignorância.

O judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta para se aperfeiçoar.

Conhecer-se é dominar-se, dominar-se é triunfar.

O judoca é o que possui inteligência para compreender aquilo que lhe ensinam, paciência para ensinar o que aprendeu aos seus semelhantes e fé para acreditar naquilo que não compreende.

Saber cada dia um pouco mais e usá-lo todos os dias para o bem, esse é o caminho dos verdadeiros judocas.

Praticar judo é educar a mente a pensar com velocidade e exatidão, bem como o corpo a obedecer com justeza. O corpo é uma arma cuja eficiência depende da precisão com que se usa a inteligência.

25 maio 2009

Formas de Saudação (rei-ho)

A prática do judo é regida por cortesia, respeito e amabilidade. A saudação é o expoente máximo dessas virtudes sociais. Através dela expressamos um respeito profundo aos nossos companheiros. No judo, há duas formas de saudação: tati-rei ou ritsu-rei (quando em pé) e za-rei (quando de joelhos). Esta última é conhecida por saudação de cerimónia. As respectivas saudações efectuam-se nas seguintes situações:

Tachi-rei ou ritsu-rei (quando em pé)
Ao entrar no dojo bem como ao sair; Quando subir ao tatami para cumprimentar o professor ou o seu ajudante; Ao iniciar um treino com um companheiro, assim como ao terminá-lo.

Za-rei (quando de joelhos)
Ao iniciar, bem como ao terminar o treino; Em casos especiais, por exemplo, antes e depois dos Kata; Ao iniciar um treino no solo com o companheiro, bem como ao terminá-lo.

18 maio 2009

Video Telma Monteiro nos J. O. Pequim

O Judo Feminino (2ª Parte)

Progressivamente as perspectivas igualitárias dos treinadores substituíram os pontos de vista dos antigos mestres de Judo. Derivado desta tendência crescente, a UEJ organizou uma competição experimental em 1974, em Itália (Genova). No ano seguinte na Alemanha, em Munique, realizou-se o primeiro Campeonato da Europa para mulheres. Esta decisão e os primeiros títulos oficiais atribuídos tiveram um maior significado uma vez que em 1975 se celebrava o Ano da Mulher.

Com a realização do primeiro Campeonato do Mundo e, essencialmente, com a realização do Campeonato de Paris, em 1982, apagaram-se radicalmente as diferenças do passado. Clark Hargrave, da Nova Zelândia, obteve a licença A da Federação Internacional de Judo em 1981 e a partir dessa data árbitros dos dois sexos arbitram conjuntamente provas internacionais. Em 1988 o Judo Feminino aparece como modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos de Seul e, em 1992, em Barcelona, é incluído definitivamente no programa dos Jogos.

Em Portugal o primeiro registo federativo duma praticante de Judo tem o número 95 e diz respeito a Maria de Jesus da M. Cerveira Silveira, graduada em 5º Kyu, em 25 de Março de 1962. Maria Margarida de Matos G. Barbosa Araújo torna-se a primeira mulher graduada em 1º Dan, a 13 de Dezembro de 1969.

Teresa Gaspar participa na apresentação do Judo Feminino, nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988.Em 1995, Filipa Cavalleri obtêm a primeira medalha feminina portuguesa em campeonatos internacionais, a Medalha de Bronze, no Campeonato do Mundo de Seniores. A primeira Medalha de Ouro é ganha por Telma Monteiro no Campeonato da Europa de Seniores, em 2005. Em 2007, no nosso país, existem cerca de 200 mulheres com graduação de cinto negro, de 1º a 5º Dan, pertencendo esta última graduação, umas das mais elevadas no contexto nacional, a Filipa Cavalleri.

A participação feminina está ligada à diferença de finalidades e valores que distinguem um método de educação dum desporto internacional.Também hoje no nosso país, onde o Judo se assume como uma das mais relevantes modalidades, as mulheres desempenham um papel determinante no desenvolvimento do Judo, nomeadamente através de Telma Monteiro, que obteve o estatuto 1ª classificada no ranking mundial, e conquistou recentemente o título de campeã da Europa 2009.

O Judo Feminino (1ª Parte)

Desde o início do século XX até aos anos 60, o papel das mulheres no Judo foi reduzido devido à diminuta autonomia de que dispunham, mas, a partir daí, tem vindo progressivamente a ser maior.Nos arquivos do Kodokan a primeira referência às mulheres data de 1893. Sueko Ashiya é dada como a primeira rapariga a participar numa classe de Judo.

Kano adoptou a concepção do corpo feminino ditada pelas teorias científicas da altura. As técnicas eram restringidas segundo regras de decoro e os contactos físicos, vestuário e atitudes adaptados à classe feminina. As diferenças eram biológicas. Kano, que não queria sobrecarregar o corpo feminino, reuniu-se com especialistas e com médicos cientistas estudiosos do Judo para se assegurar que os métodos e conteúdos a ensinar eram apropriados para as mulheres.“Desenvolver a mente e a técnica em harmonia” era o lema para a secção de Judo feminino, no Kodokan. A ênfase era colocada na suavidade. A etiqueta era rigorosa. As quedas eram consideradas muito importantes. As mulheres não podiam fazer randori, qualquer forma de resistência era errada e a prática das kata era enfatizada. Kano ensinou a sua mulher, Sumako, e as suas amigas pessoais.

Mas só a partir de finais dos anos 40, o Judo feminino começou a estabelecer-se e as mulheres a ganhar o estatuto de cinto negro. Após a II Grande Guerra, por volta de 1949, Ruth Gardner, de Chicago, tornou-se a primeira mulher estrangeira a frequentar o Instituto Kodokan, em Tóquio, e Marie-Rose Collet, de França, foi a segunda. Na Austrália, em 1968, Patrícia Harrington e Betty Huxley fundaram a primeira Federação de Judo feminino com o objectivo de promoverem o Judo Kodokan feminino. A maioria das vezes as mulheres eram ensinadas por homens, até que algumas se tornassem professoras.

A evolução iniciou-se nos anos 60 quando o estatuto da mulher na sociedade se alterou e quando o Judo iniciou o seu percurso como desporto internacional. Rusty Kanokogi foi a primeira Judoca a desafiar as regras de separação dos géneros. Puxando para trás o seu curto cabelo, ela entrou em 1961 no campeonato YMCA do estado de Nova Iorque. O mundo do Judo, um bastião tradicional masculino, rapidamente manifestou o seu conservadorismo: a medalha que ela ganhou foi-lhe retirada.

O Judo como desporto deixava de ser um território de virilidade a ser conquistado. Ao contrário, as campeãs reclamavam igualdade de direitos não aceitando que a sua participação tivesse que ser limitada a torneios técnicos ou a exibições de kata. As judocas dos anos 70 recusaram-se a ser consideradas como uma minoria e exigiam ter acesso a competições em pé de igualdade com os homens.

13 maio 2009

Video e Fotos Zonal Juvenis ADJL Pedro Roquete Andrade

Pedro Roquete recebe a medalha de 1º lugar do presidente da ADJL

Pedro no lugar mais alto do podio

Pedro mostra a medalha conquistada

António Roquete Pai e Treinador com o Pedro

11 maio 2009

Torneio Zonal da ADJLisboa (Juvenis I)

A prova decorreu no dia 10 de Maio de 2009 no pavilhão do INATEL (Estádio 1º de Maio) em Lisboa.

A ABVE participou com 1 judoca tendo obtido a seguinte classificação:

⃗ JUVENIS I
1º Classificado – Pedro Roquete Andrade (Categ. -55Kg.)

OBS. É de salientar mais um 1º lugar de Pedro Roquete Andrade que com 12 anos de idade e nas 7 provas que realizou conquistou seis medalhas de ouro e uma de prata.

10 maio 2009

Os Katas

Mestre Jigoro Kano dizia muitas vezes: "Os Katas são a ética do Judo. Neles se encontra o espírito do Judo, sem o qual é impossível compreender-lhe o alcance."

O Kata é, ao mesmo tempo, um conjunto de técnicas fundamentais, um método de estudo especial e uma forma de treino rigorosamente posta em código, a fim de transmitir de geração em geração a técnica, o espírito e os fins do Judo.

Mas o mais importante é o que escapa a um olhar menos experiente: os deslocamentos, os desequilíbrios e o estado mental.

Os dois adversários podem ser imaginados como dois samurais peritos em artes marciais, samurais que se encontram num sítio deserto e travam um duelo em que se defrontam duas técnicas, dois príncipios diferentes. A força pura, agressiva, cegamente positiva e a força provocada, ágil, e inteligente.

A concentração mental é extraordinária.

Em todos os Katas, cada movimento tem um lugar bem determinado no desenrolar das técnicas. Esta ordem é imutável.

O essencial é executar o Kata de uma forma cerimoniosa, é certo, mas muito natural e muito verdadeira. O que conta é a autenticidade da acção. Não é menos verdadeiro que o judoca deverá, constantemente, aliar à eficácia das técnicas a beleza dos gestos.

Um Kata perfeito é a reunião harmoniosa de uma susessão de técnicas eficasmente executadas com sinceridade e de uma real estética na atitude e nos movimentos.